terça-feira, 25 de setembro de 2012

Sobre as infinitas possibilidades de conjugação do verbo "Amar"


"São as pequenas coisas que valem maisÉ tão bom estarmos juntosE tão simples"
Renato Russo


Porquê, quando falamos de amor, pensa-se logo em romance? E sabe Deus como é simplório limitar o amor à apenas uma forma...sendo o mesmo um sentimento universal, plurilateral e absurdamente abrangente. O cristianismo mesmo classifica ao menos três espécies de amor: o Amor Ágape, o amor Eros e o amor Philos. Quando pensamos que amor é o que somente duas pessoas em comunhão física e espiritual sentem uma pela outra, estamos tratando apenas de Eros, em detrimento de outras formas tão ou mais perfeitas de amar. Há pessoas em nossas vidas que nos são caras apenas por ser quem são, e não precisamos nos apaixonar por elas para amá-las exatamente como foram moldadas, para querer compartilhar cada mísero pedaço de nossa história e para desejar o melhor a elas sempre.. não precisamos fazer de alguém objeto de paixão para ansiar, a cada momento,para ela, a mais completa felicidade. Isso é o amor de uma mãe, o amor de um amigo, o amor de não só aquele que escolhemos para completar de todas as fomas.
Talvez, em meio às vicissitudes, esqueçamos que há mais pessoas no mundo de que devemos cuidar, há mais pessoas importantes que talvez ainda não saibamos, mas que vão nos amar pelo que somos... apesar das tribulações e de toda a dor, há pessoas que nos trazem paz e que somente com uma palavra, um gesto, nos preenchem e nos fazem bem... Talvez haja uma espécie de amor que ainda desconheçamos, ou que ainda não percebemos, um forma linda e perfeita de amor: o amor fraterno, amigo...
- Accetti Sherwood-

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Breve ensaio sobre a limitação humana...


"Mas, tão certo quanto o erro de ser barco
A motor e insistir em usar os remos,
É o mal que a água faz quando se afoga
E o salva-vidas não está lá porque
Não vemos"

[Daniel na Cova dos Leões - Legião Urbana]


Primeiramente gostaria de agradecer ao meu caro colega letrando, pois esta postagem foi inspirada em nossas divagações... Foram muitas as vezes, até hoje, em que ouvi a música acima citada, afinal sou uma grande fã daquele que foi Renato Russo em vida e da obra que o eternizou, mas nunca me dispus a pensar sobre o que esses tão caros versos significavam: limitações... Porque um barco a motor usaria remos? por ignorar suas capacidades, por ignorar suas infinitas possibilidades... enfim, por acreditar que é o máximo que pode fazer? Será que nesse momento não estamos sendo exatamente assim? Talvez, nesse momento, nós só devêssemos deixar os remos de lado e aprender a usar o motor... talvez nesse exato momento exista algo em você que precise ser deixado para trás, mas que você não consegue abrir mão...ainda não...
O maior antagonista do ser humano é ele mesmo, afinal, com sua síndrome de caranguejo. Mas, nos resta um fio de esperança pois, andar para os lados não é o melhor que podemos fazer...  

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Falar sobre amor é falar de quê?


Às vezes me bate essa vontade irrefutável de escrever. Escrever sobre o que me confunde, sobre o que me invade e não vai, escrever como uma forma de extravasar, porque, talvez, e só talvez, se eu escrever sobre minhas angústias elas se dissolvam... E é tão abestadamente complicado falar de amor... Amor não é algo que se explique facilmente: não se define por fórmulas ou modelos, palavras, imagens... a literatura tenta falar de amor, a música tenta falar de amor, a filosofia e a teologia tentam falar de amor...mas tudo não passa de tentativas, e sempre acabamos apenas tentando, tentando... Tentando consertar nossos erros, tentando ser melhores, tentando acertar a cor do esmalte para agradar, tentando escolher uma única peça de roupa que nos caia bem, pois queremos olhares surpresos e sorrisos satisfeitos... Queremos abraços sem fim, amor sem limites, apoio incondicional... Simplesmente, queremos uma história digna de ser contada. E as vezes, não é bem o que esperamos, às vezes nossas história se tornam longas divagações mal pontuadas: plenas de interrogações, na escassez dos pontos finais, que acabam por se tornar apenas virgulas ou reticências... e ficamos assim: sem saber se encerramos o livro ou deixamos o fim para o próximo capítulo. E o que é falar de amor? É tentar, inutilmente, transcrever o que se passa em nosso íntimo.