Nelson Rodrigues: o teatro do desagradável

Olá, olá
quanto tempo?!
 De fato, eu sumi, mas também não tenho tido muito tempo ultimamente...não, sinceramente não tenho tido tempo algum ultimamente! ai, ai, vida de vestibulando haushaushaushau.
 Bem, sem rodeios, o tema do post tem tudo a ver com vestibular, porque a UFPR cobrou em sua lista de obras  para o vestiba desse ano a peça Anjo Negro, de nelson Rodrigues, caracterizada dentro das obras que o próprio Nelson Rodrigues nomeou Teatro do desagradável.
 Mas por que teatro do desagradável? imagina-se que, pela nomeação, dificilmente seria apreciável, embora eu tenha gostado. Essa fase de Nelson seguiu-se após a famosa peça Vestido de Noiva (link para download: http://www.4shared.com/document/r0cSlCL-/Vestido_de_Noiva.htm), que é aclamada até hoje como um dos maiores sucessos do autor. Ao lançar Album de família(link para leitura: http://www.helderdarocha.com.br/teatro/nelson/album/AlbumDeFamilia_texto_02.pdf) o autor condenou para sempre sua carreira, pois sabemos que poucos são os que compreendem realmente uma obra como a de Nelson, e no contexto em foi lançada, muito menos.
Em Anjo Negro(link para download: http://www.4shared.com/document/eACIFLLv/Nelson_Rodrigues_-_Anjo_Negro.htm), contata-se facilmente a análise crítica e a denúncia do preconceito racial, que sabia-se existir, mas ninguém daria a cara a tapa para mostrar ao público o que estava diante de seus olhos.
Se analisarmos a obra percebemos em Virgínia, a personificação do preconceito, mas ao mesmo tempo que sente repugnância pelo marido, sente desejo. Vingínia odiava todos os seus filhos, porque eram negros,dizia  que eram filhos de Ismael, não dela, nunca dela, chegando até a matá-los. Como desejava ter um filho branco, usou o irmão de Ismael, Elias, para engravidar. Quando Ismael descobriu, matou o irmão, mas deixou a criança nascer, e de fato nasceu branca, mas para a infelicidade de Virgínia, nasceu mulher. Ao contrário da mulher, Ismael amou a filha desde o momento em que a viu, e foi correspondido, obtendo a menina, o ódio absoluto de Virgínia. Ismael mentira para Ana Maria sobre praticamente tudo; fizera-a odiar a mãe, odiar os negros e acreditar que só havia ele de bom no mundo, tudo o mais era mau, ele era o único homem branco, assim, Ana Maria, cega (Ismael cegou-a quando nasceu) tornou-se amante do pai.
 Uma característica marcante da obra de Nelson Rodrigues, é a relação de amor mãe-filho e pai-filha, acredito que pode ser chamada de complexo de Èdipo (http://www.algosobre.com.br/mitologia/edipo.html) .
Isso pode ser percebido tanto em Àmbum de família quanto em Anjo negro e Senhora dos afogados (link para leitura: http://www.helderdarocha.com.br/teatro/nelson/senhora/SenhoraDosAfogados.pdf).
O final de Anjo Negro foi realmente inesperado, mas não vamos estragar a surpresa, não é?! Recomendo o livro teatro completo, de Nelson Rodrigues. Este contém todos os quatro contos que constituem a parte mítica da obra de Nelson, e contém, além do conto Anjo Negro, Àlbum de família, Doroteia e Senhora dos afogados.
 Espero que tenham gostado, se houver alguma dúvida sobre as obras, podem me consultar por e-mail ou por comentários.
                                               Um grande abraço,
                                                                               Alessandra.

Abandono

Preferia esboçar palavras mal ditas,
porém sei que me perguntarias,
como tenho a ousadia de aparecer-te
somente depois da tempestade ,
mas ao contrário do que pensas,
não tenho pretensões
de guardar novamente em meus bolsos
essa máquina pulsante
do teu peito.
Máquina...não, talvez não...
és mais complicada do que uma máquina
e mais humana também,
talvez isto a faça tão complicada.
Sei que se te dissesse,
que nada havia de verdade,
que nada fiz do que queria,
daria-me novamente a chave da tua cidade,
o segredo da tua essência...
Sei que veria,
por tuas pupilas,
esse lampejo esverdeado que é a esperança...
E dissiparíamos dos mundos, muitos mais...
Mas, de que me adianta,
se no final do dia, te poe a contradizer-te...
Não sabes mais se pedra é pedra
ou se pedra é pau...
Que faço então, Rosa decepada?
Deixar-te-ei no frívolo frescor da madrugada.

Blog novoooo \o/
tva com saudades de escrever já : /
bem, quem já me conhece sabe que eu sou tbn a blogueira do "humor, conto, crônica..."
Mas é beem diferente do que eu estou acostumada a escrever, e isso foi um dos motivos para eu tê-lo criado, além da proposta de mostrar o meu gosto literário, com muito de humor inteligente ^^
Apesar da minha realização com o meu último blog (obrigada a todos que lêem :), senti falta de escrever livremente sobre o que eu penso, o que dá na telha, se é que me entendem; foi aí que surgiu a ideia do MI (Misturas Imperfeitas) aliás o nome foi sugestão da Marina, uma de minhas amigas.


Bem, espero que gostem ^^
beijos